quarta-feira, 13 de junho de 2007

Bonito Gesto

De gestos bonitos de um cavalheiro, toda mulher já foi alvo. Seja um ou outro tipo, de natureza e intenções várias. Mas Seja como for, uma gentileza é sempre uma gentileza, e meus senhores, :) só vos fica bem. Recebi esta bonita mensagem de alguém, não importa a autoria, pelo menos para mim, foi-me dedicada, nem que seja somente por um instante, e adorei a poesia. Aqui fica meu agradecimento, embora saiba que o alvo dele não terá, do mesmo, conhecimento.
Muito obrigada, do fundo do coração. Realmente gostei. :)


"Num palco de luz,
sem cenário,
nem actores,
uma plateia imensa,
de borboletas monarca,
bate as asas,
ao ritmo pisca-pisca,
de uma orquestra de pirilampos.

Ouve-se,
em fundo,
o som criatalino,
da água que brota
de um pequeno riacho,
onde nenúfares bebé
se divertem a brincar com sapos e rãs.

O cheiro das orquídias
é intenso,
muito intenso,
inebriante e quente,
muito quente.

Dez da manhã,
onze da noite.

Estás atrasada,
vens deslumbrante.

De preto e vermelho,
de mistério e paixão.
Tentação?
Provocação?
Talvez desejo,
talvez coração.

Sigo-te os passos,
como notas de música,
sigo o sorriso,
sigo o encanto,
sigo-te o corpo,
preso ao luar.

Sigo-te os lábios,
em cada palavra,
sigo-te os gestos,
mais que perfeitos,
sigo a magia,
sigo o olhar.

Que energia,
que vulcão!
Que vida,
que atracção!
Que força,
que emoção!

Apagam-se as luzes,
lentamente.
Apaga-se o sol,
ao entardecer.
Apagam-se as estrelas,
com ternura.
Apaga-se o mundo,
em silêncio.

Ficas tu,
só tu,
e a vida nasce outra vez."

domingo, 3 de junho de 2007

Perdendo a fé... ou talvez não!?

Cada vez mais acredito que fé não tem necessariamente haver com religião e muito menos ter fé terá haver com acreditar na igreja. Sou Cristã, sou Católica, mas isso não implica que acredite cegamente em tudo que me dizem, sem o questionar. Se assim fosse, não teria nascido com um cérebro pensante, mmm por vezes até demais.

Cada vez mais aprendo, a meu próprio custo, a por em dúvida muitos conceitos pré-estabelecidos. A natureza humana é deveras falível para sustentar uma uniformidade de valores pré-definidos, sem que esses mesmos caiam por terra de quando em vez.

Acredito que perfeito, somente existiu um e mesmo esse não conseguiu que sua perfeição fosse completamente compreendida pelos "homens", nem ao longo de 2007 anos, quanto mais nos primeiros 33! Se ele foi crucificado por amar demais, como podemos nós, "simples mortais" esperarmos que sejamos compreendidos, aceites, respeitados, amados e que nos permitam viver em estado de graça, com paz e felicidade?

Seria presunção? Ou mera ilusão? Cá para mim, se conseguimos seguir em frente, muitas vezes fazendo de conta que o mundo não nos afecta, é precisamente por sermos tão imperfeitos, dessa forma conseguimos misturar-mo-nos na multidão e usar nossas falhas humanas como um verdadeiro escudo protector, de forma a tentarmos manter o mais intactas possível, nossas virtudes (cada um às suas, sejam elas quais forem). A salvo das influencias nefastas... das energias negativas, se assim o preferirem, da natureza humana, a que uns se permitem influenciar e envolver mais do que outros. Infelizmente, cada vez mais, são esses que conseguem ter vidas mais leves e pacíficas, pois não só se deixam afectar menos pela podridão humana, como também se importam muito menos com o próximo, reduzindo dessa maneira a dor da sua própria existência e facilitando a "manutenção" da própria consciência.

É, eu também sinto muitas vezes que estou perdendo a fé, mas na verdade, é só parcialmente.

Porque, perco a fé no amor de alguém (mesmo que supostamente incondicional), na amizade de outrem, no valor de uma causa, mas no fundo a fé mantém-se... a fé de que em seguida será melhor. Aquela fé mantida agarrada com dentes e unhas, ou mesmo aquela renovada por um sorriso ou uma reconfortante palavra doce recebidos. Renovada precisamente por termos mantida a fé de podemos nos ter enganado, ou mesmo de que algo tenha mudado e que o futuro poderá ser mais sorridente, mais calmo e harmonioso, mais pacífico!
A fé de que amanhã, quando o sol voltar a nascer, o dia será um novo recomeço, apagando tudo que anteriormente tenha feito sangrar nosso coração.


Não há na vida muito mais coisas mais tristes do que sentirmo-nos sozinhos no mundo, em meio a uma multidão de gente. Se não fosse a fé no futuro, a vida acabaria, pois não teria razão de ser.

Beijões TJS e como diz a música há já tanto tempo... Keep the faith!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Saudade... que bicho és tu?

"Saudade... é o sentimento que me toma."

Há algumas semanas que leio esta frase no comentário do "nick" de um contacto meu no msn.

De forma quase automática, ocorre-me sempre alguma sensação ou questão acerca do assunto.

Creio que a 1ª questão a passar-me em mente foi qualquer coisa como... "mmm, de que será que ela tem saudade a esse ponto?" (pura curiosidade), contudo outros pensamentos me têm ocorrido ao passar meus olhos por seu nome na lista... e é curioso como tenho notado a diferença de pensamento de acordo com meu próprio estado de espírito. Coisas tipo... "É... saudade é fdd mesmo..." ( em solidariedade mesmo), ou "Ah, saudade dá para controlar, também não é assim tão crítico"( num dia do contra :P), ou até mesmo "Como é possível não sentirmos saudade de alguém que inicialmente pensávamos não passar sem, e por outro lado quase sufocar de saudade de quem não esperávamos sentir falta?" (hmmm, ou será que sentimos na mesma, mas, de forma diferente? Ah, sei lá...).

Pois é, porém, por vezes, ao ler a fatídica frase, um aperto desconfortável é sentido no peito. E nesses dias, não ocorre comentário algum, mas somente uma dor na alma, que aperta o peito e quase sufoca, ao ponto de poder fazer até fugir aquela lagrimita sacana, pelo cantinho do olho, quando a emoção está mais à flor da pele.

Mas afinal, que bicho é esse? Que raio de sentimento é esse que supostamente quer dizer bem, mas que faz sentir tão mal?

Seria de esperar que nós lusófonos fossemos capazes de o explicar melhor que outros, não? Afinal, consta que fomos os únicos a atribuir realmente uma palavra ao significado desse malvado e sofrido sentimento.

Sim, porque tanto quanto sei, e corrijam-me se me souberem enganada, noutras línguas pode-se chegar perto, dizendo qualquer coisa como "sinto tua falta", mas nenhuma tem uma palavra exacta para esse sentimento, como na língua Portuguesa.

..............SAUDADE.............

Afinal de contas, quantos tipos de saudade existem?
Dá para sentir saudade de formas diferentes?
Haverá alguma proporcionalidade?
Alguém sabe onde fica o interruptor pra desligar isso??

Nunca tive vícios, mas segundo relatos, a sensação de ressaca de um vício deve ser qualquer coisa aqui equiparada, não? Sim, porque sentimos falta de algo ou alguém , do que ou de quem, não nos sentimos capazes de viver sem, não é isso? Não seria então caso de pensarmos num centro de recuperação para afectados por saudade, assim como os há para quem sente falta do álcool, ou de heroína, por exemplo??

Sim, porque teoricamente sentir saudade quer dizer sentir falta, não? Então porque raios pode custar tanto a suportá-la mesmo que o "objecto responsável pelo sentimento" (desculpem mas prefiro não especificar mais que isso, uma vez que podemos sentir falta de itens vários) se encontre longe?

Qual a cura alternativa para saudade? Pois, alternativa, porque a cura original é algo óbvia. Sacia-se a falta e já está!

Saudade por distância física (benditos sejam os meios de transporte);
Saudade por distância emocional (PQP, essa dói mais ainda pq dói calada);
Saudade por alteração de situação (acabou, paciência, fazer o quê, né!?);
Saudade por opção (Fdx, somos mesmo masoquistas por cairmos nessa);
Saudade for falta de opção (mmm ainda é mais fdd quando não depende da gente);
Saudade por morte (morre sempre junto um pedacinho de nós, mesmo que acreditemos em "afterlife");
Saudade por morte virtual... (hmmm que raio será isso? Vão dizer que agora flipei de vez...) rsrsr mas não, passo a explicar:

Por mais viva que esteja a pessoa alvo, e sim, no caso tem que ser pessoa pelas razões óbvias, por vezes é-nos causada tal decepção, que sentimos como se a mesma já cá não andasse, tal é a incapacidade que nos ocorre de ter contacto com tal indivíduo, por maior que seja a saudade sentida! Seja por laços sanguíneos, por amizade ou mesmo amor!

Pessoalmente, se tivesse mesmo que categorizar a causa da SAUDADE, creio que o mais próximo teria que ser um vírus (hehehe nem podia deixar de ser...). Isso porque ataca-nos sem darmos por ele, na pior altura possível, sempre calha super mal, afecta-nos o sistema por completo, prejudica nossas funções e rendimento, altera-nos automaticamente o humor, causa dor e desconforto e na maior parte das vezes não existe tratamento específico e eficaz! E sem falar nos casos que se tornam crónicos porque o sacaninha instala-se lá dentro de tal forma que não há maneira de o tirar de nós sem nos matar!

Bem, e nem vou me alargar na perspectiva das rugas e cabelos brancos que tudo isso provoca, senão nunca mais saía daqui. :D

Bjokx a todos.




segunda-feira, 23 de abril de 2007

Viver é preciso!

Viver é preciso... Errar é inevitável... Recuperar é imprescindível e Perdoar... bem, perdoar exige por vezes muita força interior, mas enaltece a alma! Lá isso é verdade!

Bem, o texto a seguir não é de minha autoria, recebi-o por e-mail de uma amiga virtual, por assim dizer. Contudo, cada vez que o leio sinto como se minhas palavras fossem, tão verdadeiras que me soam.


"Muitas vezes deixamos
de lutar pelo que realmente
queremos pelo simples fato
de não querer ouvir um NÃO
errar é humano...

Perdoar é preciso e correr
atrás daquilo que realmente
queremos é nossa obrigação.

Viva, Ame, Lute, Erre

Pense erre e depois do erro
corra atrás de refazer o seu
acerto nada é pra vida toda...
A energia do ódio não ira te
levar a lugar nenhum.

Mas a energia do perdão,
que se manifesta através
do amor, conseguirá
transformar positivamente
a sua vida "

Esta mensagem foi enviada por Geisa Fronteira.

Amor... mmm esse tema vai ficar para outro dia.

Obrigada Geisa!

Obrigada a todos!
Bjokxxx enormes.
Cris.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

A final de contas... pra que serve viver e ter amigos!?


Gente, ninguém pede para nascer... ninguém escolhe lugar onde vai aparecer nesse mundão, nem pais, nem irmãos.
Não escolhemos família... escolhemos sim, OS AMIGOS, onde vamos morar, com quem vamos conviver, que caminhos vamos seguir, quem levamos conosco na caminhada.

Escolhemos as paradas temporárias, os atalhos , etc etc..

Portanto, à margem de toda a irrelevância a que nos agarramos muitas vezes, aumentando a importância de coisas menos significativas, só para justificar a falta de coragem de seguir exactamente o caminho que queremos, pelo receio de fazer errado, ou de pisar um terreno incerto, ou de dar a mão àquela pessoa mostrando que a queremos conosco, tentando adivinhar mil e uma razões para dar errado, e o que poderá acontecer que nos magoará, antes de sequer tomar impulso e atitude.

A vida é um dom, vivê-la é uma aventura, limitar-se a sobreviver a ela... um disperdício! Sobrevivência é importante sim, claro, mas quem foi que disse que não são os minutos em que respiramos que contam, mas sim os que nos fazem perder a respiração? Concordo plenamente em genero, número e grau! Temos que respirar fundo, sentir o ar entrar e meter a cara, e abraçar a vida!

Viver as coisinhas pequeninas da mesma forma que as grandes, as coisas simples e as complicadas.... putz, porquê será que tantos de nós choram e suspiram pela felicidade, mas depois se borram de medo de pisar o risco e e se arriscar a ser feliz, nem que seja por um minuto?

Aprendi na marra que a felicidade só existe no passado, mesmo que no segundo acabado de passar. Quando anulamos os sofrimentos da memória e sumarizamos todos os pequeninos momentos maravilhosos. Então, pode ser um pôr do sol, ou uma aurora, um beijo inesperado que faz descobrir cantinhos do corpo onde a gente nem sonhava que as hormonas conseguiam atingir, uma opinião falada de chapa e não calada só para "fazer parte do grupo".

Uma noite de semana virada sem dormir pq aquela ocasião inesperada nunca mais se repetirá e no dia seguinte suas lembranças compensarem de longe as olheiras, a cara cansada contrastando com o brilho de vida nos olhos e o sorriso de felicidade impresso nos lábios. A cara cansada de quem até nem dormiu uma noite para VIVER e ter do que se lembrar mais tarde que nos faça voltar a esboçar o mesmo sorriso feliz!

O arriscar, no momento da dúvida, em admitir para a pessoa especial, que ali há mais qualquer coisa, e não deixa-la passar por nossa vida na ignorância arriscando, ou melhor, se certificando de perdê-la por covardia ou medo. Será que há grande diferença entre os dois, ou será a linha que os separa mais ténue do que nos seria confortável admitir?

A velha história, de bem pelo menos vou ter uma história para contar aos netos hmmm, não talvez seja melhor não, uma vida bem vivida provavelmente terá algumas memórias menos próprias para historinhas infantis nahhh deixa pra lá...

Escolhemos os amigos e pq, para que servem os amigos? Servem para partilhar conosco esses momentos eternos, para dar a mão e ajudar a levantar, quando o amigo tropeça e vai de cara no chão... para secar as lágrimas q descem qd a dor teima em não ir embora. Servem até para aquele tapa estrategicamente administrado qd perdemos por momentos a lucidez, e que nos faz um reset de reajuste. Os amigos são para quando se necessita e não para efeitar a fotografia! Seja de companhia na diversão ou de socorro na emergência. Por essa razão temos a liberdade de sermos nós a escolhê-los. Porque serão com eles vividos os "momentos" das nossas vidas! Nos amigos incluo também os amores amantes, mas isso sou eu, porque afinal não acredito minimamente em amor sem profunda amizade e cumplicidade.

Concordo, claro, que são nas coisas mais simples e mais singelas que se esconde, por vezes, as melhores coisas da vida! Mas não basta saber disso, tem que ter coragem, ou "loucura suficiente" de arregaçar as mangas e as calças e se dispor a vivê-las! ... Como diz o outro... Deixa e vida me levar... Só não quero é que a música da minha vida seja a tal do devia ter amado mais... arriscado mais... ter visto o sol nascer... bla bla bla fora de ordem.

A tal da loucura q.b. (quanto baste) soa mto bem ao ouvido... já fiz muita merda, já me arrependi de várias delas e especialmente de oportunidades perdidas e/ou disperdiçadas, ai tantas...... mas ainda nunca me arrependi de ter VIVIDO. Das vezes que liguei o tal botão do foda-se e fui feliz, senti o sangue pulsar na veia e me senti de verdade, VIVA.


Aíiiiiii, se alguém aí não gostar... hmmmmm me desculpe mas, paciência, é grande mas é de boa vontade! E no final das contas... o blog é meu mesmo!
Uffff, custou mas saiu... hehehe **

Bjkxx Over and out.

** Post exibido no fórum TJS.